segunda-feira, 19 de março de 2012

Balanço de Indian Wells - feminino

Quando a número 1 e a número 2 do ranking decidem uma final, pode parecer a princípio que não houve muita novidade e o óbvio se desenrolou naturalmente. Mas vejamos...


Na final, realmente, nenhuma novidade. Mais uma vez Victoria Azarenka bateu Maria Sharapova. O restrospecto entre elas está 5 a 3 a favor da bielo-russa. Mas em finais um massacre: 4 partidas e quatro vitórias de Azarenka sem perder set. Apesar de ser um grande fã da russa, devo admitir que hoje Sharapova não possui um grande repertório para encarar a número 1 do mundo. Maria é muito eficiente em colocar um jogo pesado na quadra, e assim atropela a maioria das rivais, mas não utiliza de muitas mudanças táticas e técnicas contra grandes rivais. Nesses últimos anos ela foi presa fácil para Serena Williams, Kim Clijsters, Caroline Wozniacki e para a própria Azarenka. É triste dizer isso mas, na minha opinião, Petra Kvitova é mais habilitada hoje em dia para ocupar o segundo posto no ranking e, definitivamente, é quem tem mais condições de bater Azarenka nas quadras.


Enquanto isso a Alemanha mostra que a safra é boa e, além de Andrea Petkovic e Sabine Lisicki, podem contar também com o talendo de Angelique Kerber, Mona Barthel e (um pouco mais atrás) Julia Goerges. Barthel foi eliminada na segunda rodada, é verdade. Mas por pouco não venceu Azarenka que teve que suar para superar a germânica no tie break do terceiro set! Já Kerber repetiu a consistência que a tem levado a grandes resultados como a semi do US Open e o título indoors em Paris: avançou até a semi caindo também diante de Azarenka, a exemplo de Goerges que foi até a terceira rodada. Quem pensou (como eu) que haveria emoção no reencontro da bielo-russa com Radwanska se decepcionou. A polonesa não conseguiu ser agressiva o suficiente e por pouco não foi embora de bicicleta. Mas os bons resultados continuam e Aga atingiu pelo menos quartas de final em todos os torneios disputados nesse ano. É interessante pensar que ela está, digamos, semi-invicta nesse ano, visto que perdeu apenas pra uma jogadora... 4 vezes.

Na chave de baixo o destaque vai para o reencontro entre Ivanovic e os bons resultados: eliminou Wozniacki, e só foi cair na semi, diante de Sharapova, num jogo que estava duro mas que a sérvia acabou abandonando por contusão. Wozniacki por sua vez continua descendo a ladeira, e foi parar no sexto lugar do ranking. Maria Kirilenko estava fazendo uma ótima campanha... Eis que no jogo contra Sharapova ela adotou a estranha tática de bater com a raquete no chão várias vezes para quebrar a concentração da rival: levou advertência, perdeu o ponto e ainda teve que ouvir da compatriota que ela estava no esporte errado.


E por falar em russas, a decadência se apossou de vez de Svetlana Kuznetsova. Os resultados decepcionantes e as campanhas apagadas já fazem com que circule o boato de uma possível aposentadoria da bi campeã de slams. É difícil pra russa até mesmo incomodar as grandes jogadoras, a não ser na Fed Cup, onde ela coloca mais garra e determinação no jogo.

As expectativas para Miami ficam por conta da volta das Williams, de Clijsters e da recém recuperada de um cancêr linfático, a guerreira Alisa Kleybanova. Vika, no auge da autoconfiança, tentará manter sua invencibilidade na temporada. Será que ela consegue?

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